Criança e Consumo

Criança e Consumo - um tema que precisa fazer parte da formação de pedagogos

Neste semestre, sou responsável pela disciplina "Currículos e Programas", no 4º semestre, do Curso de Pedagogia da Faculdade Sumaré/SP.

As orientações de leitura e de atividades partem de três pressupostos:
1. "questões sobre currículo estampam noções sobre CONHECIMENTO, VERDADE, PODER e IDENTIDADE;
2. o professor é um dos materializadores do currículo;
3. o conhecimento que se constroi e que circula nos diferentes espaços sociais constitue DIREITO DE TODOS (Arroyo)

Nesse sentido, alguns conhecimentos que relacionam criança e consumo estão em circulação e precisam ser analisados mais atentamente nessa disciplina, concomitante ao trabalho específico das áreas de Linguagem (em especial Educação Física) e Ciências. Veja-se, por exemplo, o documentário "Muito além do peso" sobre a epidemia da obesidade infantil causadora de doenças de adultos, inclusive em bebês alimentados por produtos industrializados.

Governo terá de fiscalizar comerciais barulhentos na TV

Ouvimos, não raramente, professoras afirmarem que "as crianças estão cada vez mais agitadas, não ouvem com atenção, gritam"

Será que esse comportamento brotou espontaneamente nos pequenos? Para nós, da Pedagogia, interessados em compreender a dinâmica dos processos de aprendizagem dos pequenos, é preciso sair do senso comum, das afirmações calcadas em raiva ou cansaço dos profissionais.

Pode render uma boa conversa em nossas aulas de "Currículos e Programas", a leitura dessa notícia recente. Vamos a ela
...

Entram os comerciais, e com eles um estrondo: o barulho da publicidade parece ser muito mais alto do que o programa assistido há pouco. Impressão do espectador?

Já faz mais de uma década que as TVs estão proibidas, por lei, de aumentar o volume durante comerciais - uma das formas de chamar a atenção da audiência para a publicidade exibida no horário.

A União, agora, terá de fazer cumprir a legislação. Uma decisão em primeira instância da Justiça Federal de São Paulo dá ao governo 120 dias para regulamentar a lei 10.222, de maio de 2001.

As emissoras negam o desajuste ou argumentam que a falta de regulamentação atrapalha o cumprimento da lei. TV por assinatura, por exemplo, entraria na regra?

Sancionado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, o texto de 2001 dizia que o Executivo deveria criar, em até 120 dias, "os mecanismos necessários" para aplicar e fiscalizar as novas regras do setor.

Em 2011, o Ministério Público Federal de São Paulo entrou com uma ação civil pública, motivada por reportagem da Folha.

Na ocasião, a convite do jornal, um perito judicial mediu as variações de áudio em 26 canais - abertos e pagos.

Quase todos tinham propagandas mais barulhentas do que suas atrações, sobretudo canais infantis. Registrou-se, à época, diferença de até seis decibéis (aumento de quase quatro vezes no volume).

"Isso é muito proveitoso para o anunciante. Canais infantis são aqueles em que os comercias são mais altos, justamente para chamar a atenção da criança", diz o procurador Jefferson Aparecido Dias, responsável pela ação.

No Cartoon Network, por exemplo, constatou-se variação de cinco decibéis entre desenhos e comerciais. Procurada ontem pela Folha, a emissora afirmou que "respeita a legislação e, portanto, vai cumpri-la".

A lei de 2001 prevê, como punição aos canais infratores, suspensão das transmissões pelo prazo de 30 dias (e o triplo para reincidentes).

RESPONSÁVEIS

Mas quem deve ser o "fiscal das TVs" nesse caso?

Inicialmente, a Procuradoria entendia que a função era da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Não para a juíza Leila Paiva Morrison, da 10ª Vara Federal Cível. Em sua sentença, ela determinou que a União deveria ficar responsável.

A AGU (Advocacia-Geral da União) disse que só vai analisar o caso após ser intimada. Aí, dirá se vai ou não recorrer da decisão.

Notícia divulgada pelo site da UOL, em 15 de março de 2012
Jornalista Anna Virgínia Balloussier

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crescer com confiança

Nas aulas de "Currículos e Programas", não são poucas as vezes em que destacamos a necessidade de professores que trabalham com alfabetização ou com Língua Portuguesas, nos anos sequentes do Ensino Fundamental, ampliarem o conceito de texto.

Já vai longe o tempo em que texto se limitava ao "conjunto das palavras de um autor, em livro, folheto, documento" , como ainda aprece em alguns dicionários... Na atualidade, de acordo com a práticas sociais de grande parte do mundo, os textos nos chegam em diferentes suportes (tv, rádio, computador...) e formas: som, imagens fixas (ilustração aos moldes tradicioania ou fotografia, por exempo), imagens em movimento, quando não em meio a palavras escritas, como antigamente.

Vamos nos deter nos anúncios deste blogue (em bom português!) para pensarmos nestas questões?

Vejamos que tipo de mensagem esses anúncios veiculam? Que partes compõem esse tipo de texto? Do que falam? Com quem falam? Que valores veiculam?

Ou vamos continuar pensando que apenas os livros nos transmitem ideais e emoções; que somente eles influenciam na formação das pessoas, em especial, as crianças pequenas??

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A vida na sua mão

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Mais que um sonho!

Queridas alunas

Vamos exercitar leitura crítica de anúncio publicitário dirigido diretamente às crianças, a partir deste primeiro vídeo.

Assistam a todos os vídeos que postei, escolham um deles e tragam suas anotações para, em aula, relacionarmos o conteudo desses textos com o tema criança e consumo.

Lembrem que para vender o produto ou o serviço, os publicitários fazem "de tudo" para, antes,"vendem" ideias...

Que ideia são essas? Que valores sustentam essas ideias? De que forma incitam os pequenos a desejar coisas e mais coisas?

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Criança e Consumo